O QUE É?
Displasia do desenvolvimento do quadril é uma doença em que a formação do quadril não ocorre de forma adequada, e há potencial de deformidade e sequela progressiva do quadril, seja pela presença de luxação ou instabilidade do mesmo. Para que a formação do quadril ocorra de forma adequada, é necessário que o quadril esteja reduzido, ou seja, a cabeça do fêmur centralizada no acetábulo.
Sendo assim, a DDQ pode se apresentar de 3 formas:
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Displasia, sendo a articulação instável ou não;
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Subluxação: articulação não está reduzida e pode ou não ser displásica (malformada/insuficiente);
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Luxação: cabeça do fêmur está deslocada do acetábulo, é sempre displásica (malformada/insuficiente).
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É mais comum no sexo feminino, raça branca, acomete mais o quadril esquerdo (60%) e é bilateral em 20%. Além disso, pode estar associada a outras patologias, como o torcicolo congênito, pé metatarso adulto e luxação congênita do joelho.
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QUAL A CAUSA?
Os principais fatores causais estão relacionados com espaço reduzido intra-uterino, seja por apresentação pélvica, gestação gemelar, oligodrâmnio ou feto macrossômico; além da presenta de hiperfrouxidão ligamentar, sexo feminino e por fim, síndromes genéticas associadas.
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O QUE A CRIANÇA SENTE?
A apresentação clínica depende da idade, tornando-se cada vez mais evidente conforme o crescimento da criança. Grosseiramente, antes da idade da marcha, é possível perceber:
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Assimetria de dobras e pregas cutâneas das coxas e glúteas (diferentes alturas em relação ao outro lado);
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Limitação da abdução do quadril: quadril abre menos que o outro lado;
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Encurtamento aparente do membro acometido;
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Estalido ao movimentar o quadril.
Após o início da marcha, é possível perceber a piora das alterações já citadas e claudicação (mancar) na marcha, principalmente pela diferença do tamanho dos membros inferiores e dificuldade em abduzir o quadril, e nos casos de DDQ bilateral, há uma piora da lordose lombar e pode haver queixas de dor.
COMO CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO?
A principal forma de diagnóstico é clínica, feito logo após o nascimento por meio de manobras semiológicas dos quadris, realizadas pelo neonatologista ou pediatra, ou mesmo o ortopedista pediátrico (manobras de Barlow e Ortolani).
Outra forma de diagnóstico é a avaliação ultrassonográfica, que é o melhor exame complementar para crianças até os 6 meses, a partir de então sendo suficiente o uso da radiografia convencional para confirmar tal diagnóstico.
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QUAL O TRATAMENTO?
A presença de luxação ou instabilidade do quadril na criança ao nascimento precisa ser encaminhada ao especialista o quanto antes para iniciar o tratamento, e garantir a formação adequada da articulação do quadril e evitar sequelas. O objetivo do tratamento é a centralização da cabeça do fêmur no acetábulo o quanto antes, a fim de possibilitar a formação adequada do quadril.
Sendo assim, quanto mais nova a criança, mais fácil e mais simples são os procedimentos para redução do quadril, sendo mais complicado quanto mais velha a criança, uma vez que as deformidades ósseas já estão instaladas.
Dependendo da idade, o tratamento varia desde o uso de órteses/imobilizações, como o uso de suspensórios e imobilizações gessadas, até cirurgias de alongamento tendinoso ou osteotomias para reconstrução do quadril. O tratamento é necessário para que na fase adulta o paciente tenha um quadril com boa mobilidade/movimento e indolor.
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Resumo: A presença de luxação ou instabilidade do quadril na criança ao nascimento precisa ser encaminhada ao especialista o quanto antes para iniciar o tratamento, a fim de garantir a formação adequada da articulação do quadril e evitar sequelas. Dependendo da idade, o tratamento varia desde o uso de órteses/imobilizações, como o uso de suspensórios e imobilizações gessadas, até cirurgias de alongamento tendinoso ou até osteotomias complexas para reconstrução do quadril. O tratamento é necessário, a fim de permitir que na fase adulta, o paciente tenha um quadril com boa mobilidade/movimento e indolor.
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